2024 | Antes que Janeiro termine

/ janeiro 30, 2024
novos projetos, novo ano, 2024. imagem com o número 2024 em destaque.
2024 por Jan Romero na Unsplash

Chegando como quem não quer nada na quase virada do infinito mês de janeiro para dizer: Feliz Ano Novo!! Mesmo um pouco tarde, é o primeiro post deste blog que anda muito parado depois de um ano atribulado.

Ensaiei nos Folhetins umas escritas, mas acabei me deixando levar pela rotina que sempre se intensifica e se atrapalha no fim do ano em outros projetos e muita pesquisa e escrita de trabalho. Mas, agora, nada disso importa. É outro número no calendário, um monte de dias para reativar isso aqui e seguirmos em frente assim mesmo, sem retrospectiva, sem melhores momentos, sem promessas. :)

Será um ano de bastante trabalho e muito conteúdo criativo por lá também, mas, refazendo surgir das cinzas o blog, porque estou sentindo falta dessa troca e de me espalhar por aqui. Volto já, trazendo uma ideia que pensei nas últimas semanas, pequenas histórias do dia a dia, como o fundamento inicial dos blogs de antigamente (e que eu amava tanto). Será que dá jogo?

Veremos em breve! Até já ;)

novos projetos, novo ano, 2024. imagem com o número 2024 em destaque.
2024 por Jan Romero na Unsplash

Chegando como quem não quer nada na quase virada do infinito mês de janeiro para dizer: Feliz Ano Novo!! Mesmo um pouco tarde, é o primeiro post deste blog que anda muito parado depois de um ano atribulado.

Ensaiei nos Folhetins umas escritas, mas acabei me deixando levar pela rotina que sempre se intensifica e se atrapalha no fim do ano em outros projetos e muita pesquisa e escrita de trabalho. Mas, agora, nada disso importa. É outro número no calendário, um monte de dias para reativar isso aqui e seguirmos em frente assim mesmo, sem retrospectiva, sem melhores momentos, sem promessas. :)

Será um ano de bastante trabalho e muito conteúdo criativo por lá também, mas, refazendo surgir das cinzas o blog, porque estou sentindo falta dessa troca e de me espalhar por aqui. Volto já, trazendo uma ideia que pensei nas últimas semanas, pequenas histórias do dia a dia, como o fundamento inicial dos blogs de antigamente (e que eu amava tanto). Será que dá jogo?

Veremos em breve! Até já ;)

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Parece que o ano re-começou agora.*

Muita gente diz que o ano só começa depois do Carnaval, mas, para mim, a festa é uma pausa para um respiro, a diversão nacional e o retorno para o dia a dia. Adoro o Carnaval, não me entenda mal, mas na minha situação de vida desde a pandemia, nunca mais tive férias ou um intervalo grande e despreocupado de descanso. Ossos do ofício de ser pessoa jurídica em um mercado, infelizmente instável, a nossa cultura.

O fato é que se o ano começa agora para a maioria de nós, vamos a ele! Neste primeiro de março, chego com uma conversa boa sobre o livro Kim Jiyoung, nascida em 1982, da sul coreana Cho Nam-Joo. Não vou me estender aqui sobre ele, a resenha está no blog para falarmos de comportamento, sociedade, boa literatura. Um livro curto, tranquilo de ler, muito bem escrito e que nos faz pensar em nossa sociedade, mesmo sendo escrito por alguém do outro hemisfério.



Também neste mês faço aniversário, logo mais no sábado e marco meus 40 anos repensando a vida, começando uma pós-graduação, agora em Produção Editorial, vislumbrando novos horizontes profissionais. Não sei bem onde a vida vai me levar, mas gosto muito de estudar e acho que este curso vai me permitir me aproximar ainda mais dos livros, das letras e quem sabe, encontrar um novo caminho para seguir. E você, já pensou em mudar de área? Já mudou os rumos de sua vida alguma vez? Acho que não é uma pergunta simples e o mundo de possibilidades que a vida nos dá - com mais ou menos recursos, claro - às vezes me deixa perdida, mas eu tento retomar o foco, me concentro e as coisas andam. Com você é assim também?

Eu já quis ser essa pessoa toda planejada na vida e até sou um pouco assim em alguma medida, mas, talvez como muitos de nós, os questionamentos vêm e tento não me prender ao desânimo das dúvidas e pulo esse obstáculo, mesmo sem saber onde vou cair mais adiante. Com esse curso, é um pouco isso: me aprofundar um pouco mais sobre um mercado que eu só conheço de paixão, para ver se o encantamento cruza com a vida real e vira uma coisa só. Algumas comadres do instagram me inspiram a fazer isso sem nem saberem, como a @munikemb e a @gigilelivros. São duas mulheres retadas que confirmam a máxima de que o talento é trabalho e persistência. Eu tento ser assim e sei que os resultados chegam, mas é sempre legal ver pessoas que seguem o mesmo ideal, não? A gente se inspira, respira e segue em frente!


O Folhetim de hoje é um restarte do ano, um pouco mais leve do que deveria, com o livro de Cho Nam-Joo e algumas inspirações. Espero que tenha te servido, porque é coisa pouca, a vida está corrida nesta primeira semana de tudo agora ao mesmo tempo.

O próximo Folhetim promete novas e interessantes histórias, em breve, na sua caixa de e-mail :)

Um beijo,
tati reuter ferreira

*Folhetim edição de pós-Carnaval, 2023.

Este é o primeiro Folhetim. A intenção aqui é deixar a newsletter disponível de forma mais direta para quem se interessar e não a tiver assinado desde o início. Agora, ninguém perde as dicas e conversas anteriores. 


Este é o primeiro e-mail do resto de nossas vidas.


E este é um seja bem vindo também, porque é um momento de mudança pra mim e novidade para você. Eu costumava escrever no Café: extra-forte, mas entendi com o mercado que é preciso se mostrar mais e ter 2 sites se tornou complicado quando temos muito trabalho na vida real também. Então, unifiquei tudo no Tati Reuter. Com isso, veio a ideia de manter uma conversa paralela no e-mail, como uma troca mais íntima e constante. Espero que goste.

Eu sempre achei que precisava saber mais para escrever um livro. Eu sempre quis escrever um livro, mas parecia que faltava estofo, como se, no meio da tentativa, eu fosse largar no meio, por falta de assunto. Talvez falte só planejamento ou deixar as coisas tomarem seu rumo naturalmente. Entre a dúvida do não me saber suficiente e a impressão de dificuldade futura, deixava tudo parar lá mesmo, no presente das primeiras páginas.

É por isso que resolvi criar o Folhetim, uma newsletter que trará uma continuação da anterior, como os folhetins que não existem mais e que são de um tempo que nem eu existia. Me ajudem nesta experiência, acho que será divertida, além de um enorme desafio. Não sei onde vai dar, mas confiemos no processo!

*****

Você já leu Kafka? Eu sei, é uma forma ridícula de começar uma conversa, mas eu lembrei d'O Processo dele. Kafka é alguma coisa impossível e, por isso mesmo, ótima, alguns diriam. Eu sempre comecei a ler Kafka, mas nunca terminei e entendo o porquê. É como refrão de música que, se repetir demais, perco a paciência em uma mistura de “já entendi” com “por favor, pare”. Kafka tem essa pegada de processos sem fim, histórias sem atalho, trajetórias sem chegar ao destino. Kafka confia na jornada e é justamente ele que a mina em seus redemoinhos de coisa alguma. Não me entenda mal, o que ele faz é pertinente à sua obra e, por isso, brilhante. Quando terminar meus Kafkas, volto pra contar como eu tomei na cara e aprendi a ler esse rapaz.

A dificuldade não é do pobre do homem autor, mas minha, que vou no fôlego de nadador de primeira viagem e fico sem ar depois de braçadas apressadas. O nadador é como aquele arqueiro zen, ele precisa de concentração, de foco, tempo. E você só consegue essas coisas com calma. Essa calma que não é o oposto do nervosismo, mas que se afasta muito da ansiedade, que também não é a do ansiolítico, mas a ansiedade da vida que nos faz ter planos objetivos, cronogramas e calendários de expectativas. 

Escrevi outro dia sobre Krenak. Ele falava sobre a educação das crianças da aldeia de onde veio. E ali, as crianças são crianças, que aprendem a vida sem pressa, sem fazer de seus primeiros anos uma extensão anterior da vida adulta, em que há um trabalho, uma meta a ser alcançada, uma forma de viver que visa o vestibular dos 18 anos, a profissão dos 23, o suposto sucesso dos 35 com família, cachorro, casa própria, criança. Nada disso, ainda que venha de uma promessa bem religiosa, vai acontecer dessa maneira. Então, é mais jogo deixar a criança ser criança e ter formação e vivência de mundo de uma forma mais orgânica, se desenvolvendo de acordo com a própria percepção sobre o entorno, sobre seus amigos, sua família, o ambiente, a natureza, os bichos. Krenak é especial, porque ele lembra a gente de coisas que parece que já sabíamos, mas havíamos esquecido, e faz isso de uma forma linda, simples e profunda.

Esse folhetim começa assim, ainda se estruturando, mas trarei uma história para seguirmos adiante, prometo. Vamos falar de viagens e sonhos, amores, livros e amigos, o que vier. Primeiro assim, livre, depois algo vai se construindo. E, se tiver sugestões, colaborações, parcerias, sabe onde me achar.

Um beijo,
tati reuter 



Ah! Para não esquecer: estamos no instagram e no Tati Reuter, com conteúdos bacanas sobre livros, cinema, contos, crônicas e um pouco do dia a dia, projetos e trabalhos. É só chegar, aproveita e convida os amigos! =)

Estou chegando na décima edição do #Folhetim, uma newsletter que criei alguns meses atrás para promover um contato mais próximo com quem me acompanha e se interessa pelos nossos assuntos.

A cada 15 dias a newsletter chega por e-mail, facilitando a vida de todos, na base do esforço zero mesmo e viva o conforto nosso de cada dia. Livros, filmes, séries, podcasts, temas relevantes, uma conversa gostosa e interessante, uma curadoria experiente e sem onerar a vida - ela é gratuita.

Para ter acesso, basta preencher este formulário et voilà, a próxima newsletter já já chegará para você.
Em breve, anexarei aqui as edições anteriores e as atuais virão sempre à medida que a próxima estiver lançada.

Um beijo e até já :)

Folhetim | A newsletter

by on julho 28, 2023
Estou chegando na décima edição do #Folhetim , uma newsletter que criei alguns meses atrás para promover um contato mais próximo com quem me...

No fim do ano passado, fiz um workshop sobre marca pessoal. Meu objetivo era ampliar horizontes para uma situação que me parecia um pouco nebulosa: como me posicionar enquanto profissional nas redes sociais. Apesar de parecer óbvio para a maior parte dos usuários que já praticam esta forma de exposição, para mim sempre foi... confuso. É sobre visibilidade profissional e construção de marca pessoal que quero começar a discutir aqui.

marca pessoal, marketing pessoal
este é o sinal que você estava procurando, foto de Austin Chan na Unsplash
Eu costumo dizer que sou tímida e algumas pessoas já me falaram que é uma enganação. Porque eu sei me comunicar, não me cerco em muros e, em uma conversa qualquer, me posiciono bem. Mas sim, sou tímida. Essa timidez que vem junto com alguma introspecção é algo que faz parte de mim e que esbarra na exposição não apenas em certos tipos de relacionamento, como nos momentos em que é preciso falar para um público, quando uma câmera está diante de mim ou, o que nos traz aqui, falar do meu trabalho nas redes sociais. Fico pensando muito neste último ponto, porque sei que é importante se mostrar o que faz, apesar de eu também achar que não deveria ser tão importante quanto a qualidade da execução do trabalho em si. 

Eu trabalho na área de comunicação e cinema, audiovisual. Sempre trabalhei no meio, mas sempre em uma posição que não demanda holofotes. Eu trabalho para fazer acontecer, seja nos tempos em que produzia ou agora, em que escrevo roteiros, argumentos, faço curadoria de projetos. É uma etapa prévia à gravação do que quer que seja. É um trabalho de cadeira, livros, computador e cadernos. É um trabalho que exige introspecção, criatividade e, em grande parte do tempo, sossego e concentração. Ainda assim, por trabalhar neste meio de visibilidade constante onde, muitas vezes, o mostrar fazendo vale mais do que o fazer, é preciso repensar a estratégia, a marca pessoal, o como vou apresentar a 'tatiana profissional' que está trabalhando.  

Imagino que muita gente passa por isso. Meu dentista vai abrir um perfil profissional, meu pai fará o mesmo com a clínica que, pasmem, ainda não tem um instagram para chamar de seu. Essa credibilidade atribuída a uma existência virtual há muito tempo não é novidade, mas tornou-se mais importante, à primeira vista, do que a existência real. É essa a dualidade que vivemos: eu, meu dentista e meu pai somos excelentes profissionais em nossos meios. Nossos trabalhos demandam muito estudo e atenção na execução de tarefas e quem nos conhece profissionalmente sabe disso. Mas hoje, infelizmente ou felizmente (não decidi a qualidade ainda), é preciso mostrar mais, muitas vezes, falar o óbvio, para que se saiba o que fazemos, um pouco do como fazemos e quem nos acompanha.

Quando o instagram, hoje a plataforma mais usada, surgiu, eu já tinha um blog, o Café: extra-forte. Ele veio lá nos idos do começo da faculdade, quando escrevia, entre outras coisas, críticas de filmes. O Café nunca foi uma atividade principal, mas, foi por ele que entendi como a escrita faria parte da minha vida para sempre. Então, quando a rede social veio, criei meu perfil pessoal e o perfil do Café, como uma forma de compartilhar conteúdos específicos (cinema, livros e relacionados) para um público livre, mantendo meu perfil pessoal (de férias, fotos de família, coisas do gênero) fechado. E aí, como sabemos, a coisa toda cresceu e o instagram virou uma plataforma de negócios, de máxima exposição. 

Veio a crise: todo mundo postando sobre seus trabalhos, enriquecendo a visão sobre si enquanto um todo que trabalha e se diverte (saímos dos tempos do fotolog, em que a ideia de diário pessoal era o atrativo), e eu ainda no 'modo fotos de praias, família, amigos', mesmo sem saber o que são férias há 3 anos. Entendi que hoje é preciso fazer um amálgama, trazer o trabalho para as redes sociais, encontrar uma forma de falar sobre ele, do que fiz e faço, além das coisas que me interessam mostrar no dia a dia. O perfil já está público (podem acompanhar as atualizações por lá) e o do Café será desativado para tornar tudo uma coisa só, como vou fazer com esse blog. É a solução plausível para estes tempos em que mostrar o que se faz se torna essencial, não apenas o fazer bem feito. Essa pode ser uma conversa atrasada, mas fica como lembrete de que é sempre tempo de mudar a perspectiva do que fazemos e criar algo novo para nós.

É uma experiência, um desenvolvimento de marca pessoal que vai ser interessante construir. Com certeza, é um pouco mais de trabalho, mas, espero que venha com um retorno bacana :)

Deixo aqui o questionamento: você também passa por essa transição? Como se coloca enquanto pessoa, profissional... o que define sua marca pessoal?

☕☕☕

É tempo de mudança! Estou tornando a vida mais simples e, por isso, unificarei o Café: extraforte a este espaço. Acho que está na hora de deixar o tatireuter.com múltiplo, que trate de trabalho, do cotidiano, dos cafés, viagens, praias, filmes e livros de sempre. 

O Café: extraforte é uma delícia e foi um prazer (e bastante trabalho) mantê-lo ao longo desses vários anos. A ideia é que ele fique no ar por mais um tempo, enquanto repostarei alguns dos melhores conteúdos da página para esta, até que tenhamos uma seleção vasta e rica daqueles assuntos maravilhosos de sempre.

As demais atualizações da vida estarão aqui mais do que nunca, como um espaço livre para conversas, crônicas, resenhas e o que mais eu decidir aí pelo mundo, sempre aberto a comentários, convites e propostas de trabalho, desenvolvimento de projetos e o que mais surgir entre nós todos, claro.

Vamos em frente, que a estrada é longa e a jornada promete :)

☕☕☕

De pensar que faz mais de um ano que não escrevo aqui. Na verdade, tenho escrito muito pouco. Vou culpar a falta de tempo, mas é do tempo mental, do respiro, da calma. A parte boa é o trabalho, que segue firme e interessante. Mas, como tudo na vida, a única certeza que temos sobre o que sabemos, é que sabemos quase nada, sempre descobriremos coisas novas e nunca teremos o controle sobre o que nos acontece.

Imagem com uma bandeja de café da manhã co café, flores e um prato de doces

Calma, não é uma conversa trágica, é só um retorno ao portifólio para atualizar as coisas por aqui e explicar as ausências e possíveis mudanças de rumo. Continuo na Comunicação e no Audiovisual. Sou curadora de conteúdo em uma produtora e faço atendimento e produção de alguns projetos em outra. Enquanto isso acontece, faço trabalhos freelancer como produtora em projetos curtos e leio livros. E vejo filmes. É preciso entender o que acontece no mundo e isso nem sempre significa ver noticiários.

Nesta correria da vida, o tempo da cabeça, daquele ócio necessário segue parco. O fim da pandemia nos empurrou pra fora de casa e queremos tudo ao mesmo tempo, ao tempo que tudo acontece sempre agora. Entre noites de 5 ou 6 horas dormidas, o dia da atividade física, trabalhos e lazer entre amigos - não estou reclamando - sobra pouco para a mente. E é, justamente, este tempo da mente, o mais importante e fundamental para a promoção de projetos criativos. Doido, não?

Por isso, minha meta agora é o gerenciamento do tempo. Para evitar burnout, para evitar dor de coluna e cabeça, para evitar ressacas. Para dar o tempo do corpo relaxar, para o trabalho ser produtivo na medida certa, para a vida fora do trabalho acontecer. 

Vou voltar à escrita no Café, sem pressa e com o cuidado e apreço de sempre. E se tudo correr demais, puxo o freio de mão mais uma vez, enquanto espero o melhor momento para dar uma nova partida.